quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Dry

Cigarros,
Bebidas,
Cocaína.
É disso que eu preciso,
Hoje,
Agora.
Trepar contigo na parede,
No chão,
Na mesa.
Chapados,
Sadomasoquistas,
Rindo feito dois lunáticos.

Eu preciso da noite
E da mentira escura.
Olha só como você me faz tão bem.
Você aparece quando eu quero matar eles todos
E eu quero te matar também.
E aí, de repente, nada.
Ou tudo.
Você me apoia na minha autodestruição,
Aceita a obsessão como algo bom
E de quebra ainda lembra que eu sou a sua puta
(da sua maneira).
É a melhor coisa que eu poderia ser.

Não quero ser sua namorada,
Nem me comprometer.
Não fico magoada,
Só odeio quando todos namoram e eu não.
Porque eu queria ser amada obsessivamente.
Eu queria muito.
E isso é patético,
Doentio.
Mas não se preocupe.
Você pode amar quem quiser,
Se aparecer chapado pra brincar que me foderia com força
(eu amo isso).

Eu não queria o amor, de fato.
Não hoje,
Não amanhã.
Eu só queria sexo, dor,
E substâncias químicas
Na minha veia.
Heroína.
Parece bom pra mim.

Eu pareço louca,
Mais que sempre.
E amanhã eu farei algo a respeito.
Para aproveitar.

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