Minhas metáforas servem, em sua maior parte, para desobrigar o leitor ao sentimento. Para proteger-me também da necessidade alheia. E sobretudo, serve a incoerência para despistar o meu destinatário de si mesmo, bem como do eu eleito em dado instante para me representar. Desvio, pego retornos, ando em círculos e me esquivo da lógica. Para parecer que não sou e no fim não resguardar a responsabilidade por minhas palavras tolas e desnorteadas.
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