Abrir os olhos
Praguejar
Uma noite sem sono
Figurino fajuto
Fechar os olhos
Molhar
Correndo só
Desabando nos degraus
Encolher
Dentro de si
Uma dor aflita
No âmago
Na origem do ser
Não mais querer
Pedir que pare de doer
Esmagar pulmões
O par
De apenas ar
Sem pó preto
Dentro
Só no chão
Rasgando as pernas
O espírito
Querendo ir embora
Embora
Pra fora dali
De si
Longe do copo
E o maço
Longe do cansaço
Estendida
Sobre a cama
Coberta
Ceder
Ao sol
Fugir
Morrer
Enfim
O vento
Para expor
Aviso tardio
Torpor
Vazio
Nos dedos
Nos olhos
No eco
Que deveria escorrer
Pela guela
Não sai
Silêncio
Esconder-se
No âmago
Estômago
Encolher-se
E nunca desaparecer
De si
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