domingo, 4 de abril de 2021

Cobras

Odeio

quando

você

finge tenta

ser 

minha

amiga

.


Assassinaram a liberdade dos meus pensamentos

Sou uma rocha em pontas despencando em giros

Quinas e saltos ao longo de um morro sem fim

Me ralo e deformo, imagem volátil, circular de mim 

Eu quero um minuto de silêncio

De paz, de alegria, de 

Não precisar ser tanto

Um descanso

Um não precisar fazer

Você sabe o quê

Você entra e me enche de veneno

E eu não sei como

Não faz sentido

Você deveria ser berço

Mas eu só vejo cobra 

Eu me cubro, um escudo improvisado

Mas não tenho para onde fugir 

Do seu abraço


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