Andantes surgem fazendo barulho na minha janela
Eu desperto
De meu sono acordado
Meu corpo desperta
Sinto dores que não deveria sentir
Verdades que estou fingindo esquecer
Sinto meu corpo reagir
Sinto ele sofrer
E dopar-se,
Criando uma festa insossa
No meu paladar
Eu não sei explicar
Eu não sei para quem tentar
Algo está errado
Eu não sei se há o que fazer
Se aproveito o momento
Se me deixo morrer
Sinto que quero
Fechar meus olhos
E minha boca
E me deitar
Eu tenho muito a perder
Não é como das outras vezes
Mas esse muito não dá pra agarrar
Tem que correr muito
E correr
E correr
E correr
E correr
Pra alcançar
Pra tentar
Pra continuar a enxergar
Mas eu tô aqui
Correndo
E correndo
E correndo...
...
.
às vezes eu paro um pouco
— muitas vezes —
e não vejo mais nada
mas tá lá
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