sábado, 9 de novembro de 2013
A vida é sobre o amor.
Masoquismo mesmo é o amor. Não cego, mas burro, sim. Ultrapassa as barreiras de lógica, e engole rapidamente qualquer cálculo de probabilidade. O amor supera a matemática, mesmo sendo nós tão educados para respeitá-la fielmente. O amor supera a dor, supera o dinheiro e supera a morte. Porque o amor se dá na mente, e a mente é incurável, simplesmente. O instinto excita a violência, e a balança interna força a submissão em nome da paz. Oscilo entre possessividade e tolerância. E a esperança aparentemente inabalável se gasta aos poucos, dia a dia. Um fantasma me acalenta em forma de serpente, e enche meu pulmão com sua viscosidade tóxica. O medo nasce do amor, e pelo amor será vencido. Como eu disse, o amor é masoquista, e toda dose de amor vem com uma de medo da qual eu não vou abrir mão. Não dessa vez, não de nenhuma. Sou cachorra inteligente, porta manipulada. Esquizofrenia enclausurada. A que pressente, alerta, e que não desvia do próprio destino infeliz. "Ah, mas ela o fez porque quis". Meros mortais. Não entendem que a minha esperança depende do meu sacrifício sempre. Ou morro, ou morro. E tudo em nome do amor.
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