quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Meio-dia, meia-noite.

E até morrer sob o terrível sol do meio-dia se tornava amor ao seu lado. Uma dádiva sinistra e entorpecente. Aquele sexo estranho. Quente quente quente. O desejo, a ânsia indomável da selvageria. Vontade que chegava a ultrapassar o meu habitual desânimo sob o abominável. Uma fraqueza absoluta, a pele úmida. Uma determinação obsessiva, quase doentia. A constante sensação de esgotamento. O que o amor não faz? Não é mesmo?
Estou aprendendo aos poucos a aceitar o sol. Afinal, a noite me devora, amor. Amor não, carrasco. Cascalho. Pó. Você acabou ficando na noite. Minha nova inimiga em potencial. Vocês todos estão lá. Longe. Ainda bem.

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