Não consigo decifrar essa coisa que acontece comigo quando eu te vejo. Perco o ar, perco o ritmo. Me torno distraída e de repente eu fico devagar. E longe é como se eu não existisse. Mas perto é como se tudo de repente passasse a valer a pena. A vida, entende, meu amor? Minha lua. Me torno o sol ao teu lado, e apenas ao teu lado. Feliz e amor. Como se tudo pudesse ser sugado, como se a cada trago eu pudesse ser um pouco mais todo esse ferver do sangue que você me provoca. Cada batida em meu peito é mais intensa. Te procuro ao meu redor mesmo sabendo que você está. Mesmo sabendo que eu já me fui. Não sei lidar com a sua ausência. Eu não sei mais nem se eu existo mesmo. Assim, o mundo fica todo estranho quando eu te vejo. E quando me vou. Muitas cores, todas incomuns. Mergulhei num balde de tinta misturada e o farei de novo sempre porque isso é estar ao teu lado. E te tocar. E te abraçar. Com medo de te sufocar demais. Isso é o amor. É impossível. É o que eu sinto por você.
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