Meu dedo finge de morto
Um colibri no fio
Observa a manhã nascer
E eu não quero falar
Sobre o que muda no mundo
Não quero me mover demais
Pra não assustar os pássaros
Mas me sinto calma
E pronta pra seguir a minha vida
Com medo e tudo.
O silêncio que o dia traz
Com tosse, assobios
E nuvens mornas
Não me sufoca
Não arranha minha garganta por dentro
Não me manda fazer nada ruim.
Tenho cometido muitos erros
Desde que me entendo por mim
E mesmo que eu cometa mais um
Quer dizer, você sabe né
Não vai ser o fim do mundo
Além do mais,
Você vale o risco.
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