Diz pra ela que Hiroshima reergueu-se
Mesmo que o 11 de setembro
Tenha tido danos
Irrecuperáveis
Não quero que seja ela
A contabilizar os meus fracassos
Ninguém vai celebrar os meus sucessos
E a cruz que carrego
É pesada demais
Pra ser arrastada sobre mim
Como quem fosse dividir o peso
Tombando-o
Nas mais doridas de minhas vértebras
A solidão que pratico
E o ato de calar-me,
Perante todos que me novamente
Oferecem a chance
De retirar a espada de Arthur,
É também um ato de fé
O protesto célebre da morte
É o silêncio
E a severidade com que se procriam as células
É onde arde a arte
De permanecer.
Diz que venci a guerra
Que matei meus inimigos
Mas não que ganhei a mão do Príncipe
Pois disto ainda não sou digna
É preciso um reino
E terra fértil
Para prosperar
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