- E se você me matasse?
- Oi?
- E se você fosse meu assassino? Digo, como naqueles livros de serial killers, ou amantes obsessivos. Seria tão bonito...
- Eu não teria coragem.
- É, eu sei. Mas e se eu te obrigasse? Tipo colocar uma faca no seu pescoço e te mandar me matar?
- Você tá com aquele olhar de novo.
- Sei...
- ...
- Me mata?
- Não.
- Por favor.
- Não.
- Me mata!
- Não.
- Por que você é tão mau comigo?
- Eu poderia dizer o mesmo.
- Se eu sou assim tão má, você devia me matar.
- Não vou te matar, desiste.
- Então pelo menos me machuca.
- Vai se sentir melhor se eu te machucar?
- Vou. Bastante.
- Tá bom, então.
- ...
- ...
- Não vai me machucar?
- Podemos fumar um cigarro antes?
- Sim, podemos. Mas por quê?
- Não gosto de te machucar.
- Ah.
- Mas eu te amo.
- É.
- Muito, até.
- Não deveria.
- É, querida, eu sei.
- Cadê o cigarro?
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