domingo, 2 de fevereiro de 2014

Açúcar

Te vejo assim tão perto, e já não posso me aguentar.
Me olhas assim tão bravo, mas preciso te tocar.
Me aceita e me permite, me apavora e não me nega.
Me convida com teus olhos, mas nunca diz que se entrega.

No compasso dessa louca,
Uma chance em um milhão.
Uns impulsos desvairados,
Desejo, fixação.

Te tornas todas as almas.
Te mete em todas as faces.
Sussurra em todos os corpos.
Preciso que me maltrate.

Mas do açúcar é feito, só.
Como à abelha é a rosa.
E a borboleta sou eu.
Não voo por ser medrosa.

Insisto até me doer.
Encosto até me empurrar.
Sufoco pra não morrer.
Não sei mais como é amar.

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