Vocês estragaram a minha mente,
e agora eu sou um vazio ambulante.
Eu não choro toda noite, eu não me desespero,
e tô quase acostumada à solidão.
Eu não amo, não gozo direito e até a comida parece mais sem sal.
É quase como se eu não existisse.
Me esqueci do que é autocontrole.
Devoro almas e corpos e palavras, engulo todos sem nem saber o gosto.
Nada me satisfaz. Depois de vocês, no vazio não há paz.
Meus poemas não têm sangue, nem felicidade.
Meu último amor está longe demais.
Minha razão me diz que é necessidade.
Meu corpo age por impulso.
Minha mente divaga, divaga.
E só me encontro no nosso passado podre.
Vocês me enterraram viva,
E eu morri.
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