Esta não é a vida
Que quero para mim.
Porém, que vida
Hei de querer?
Tudo que me têm oferecido
É falso,
Ao passo que quase todas
As ameaças que me fazem
Se mostram prováveis.
Me pego mais uma vez pensando,
Tentando entender essa gente
Que tanto ri, que tanto comemora,
Tentando abraçar no meu peito
Essa gente que brada
Aos quatro cantos
A revolta.
Nada faz sentido.
E tem me dito
Um destes seres
Que tanto vagam:
Não há razão alguma
Para comemorar.
Então, me olho no espelho:
Cabelos desgraçados,
Um pedaço de pano medíocre sobre o corpo,
E me pergunto:
O que afinal estou fazendo aqui?
E o que é preciso fazer
Para desistir?
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