Quarto, roupas e cama
Cheirando a cuidados básicos negligenciados
Depressão
Desjuízo
Vida resolvida
Por dentro o fim
Na rua
Só resoluções
Criando alicerces frágeis
Assistindo a lenta decomposição
de meus quadros
Seguindo aquela pessoa
que não deveria
Por que nunca houve outra
E é essa ofensa
que me rende punição
Por conta dos olhos revirados
E uma falta de ar abstinente
Faço de minha água um corrosivo
E engolindo eu busco
A purificação
É preciso que me dilacere
Célula, partícula
E se pudesse desfaria o átomo
Por que não há maneira
De limpar-me
Eu sou o erro
Eu sou o veneno, vírus
Pessoa má.
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