Ela cruza o meu caminho
Eu me arrepio num salto
Ela não percebe
Meus pensamentos depravados
Estão em todas as paredes
Escorrem verdes e lúcidos
Gritam, qual chamadas de prostíbulos
Em tom neon psicotóxico
E se não tenho as mãos ocupadas
Afogando-me na mediocridade humana
Quase que me deixo escorregar
Topar a quina do dedo
No quebra-molas
Deixar passar
Que sigo sempre alcoolizada
Enquanto manejo o volante
Que está muito mais cravada em mim
Essa ideia introjetada
Essa essência crua e vil
A identidade que todos me negaram
E da qual se mantiveram escondidos
Que sou eu
O exato extrato
Da substância que me querem que ceda
E que se faça o soro
Para me curar.
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