terça-feira, 11 de junho de 2013

Luz



    Hoje a vida me trouxe flores. Margaridas, minhas preferidas, ou talvez Jasmim. Talvez seja porque eu passei perfume antes de sair. A vida me voltou cheirosa. Admito sim, que chorei. Chorei e cheguei ao fundo do poço. Dia longo e oscilante. Mas acho que eu mereço isso hoje. Ando tentando, sabe? Procuro a felicidade por aí. Seja no amor ou não. E hoje a vida me disse que o amor existe, e para eu não parar de procurar. Achei que tudo estava perdido. Achei que tinha me desencontrado por aí, em algum tropeço. Sempre fui boa em perder coisas. Mas também sempre fui boa em achar. Achar o que ninguém procura...
   Tentei de novo. O que eu faço, amor? Como é que eu vou lidar com a vida? Ele me mandou buscar minha felicidade. Disse que eu tinha trazido o sentido. O sentido que eu não conseguia encontrar. Siga em frente. E tudo ficou claro. Claro como um farol numa estrada à noite. E aí eu fiquei feliz. Assim, de graça. Fiquei feliz. Escrevi mais três páginas na minha agenda de bolso e fiquei chorando e rindo pelos cantos. Fiquei assim, estranha... Mas um estranho bom. Como quando eu sonho.
    Que se dane o mundo, as coisas vão dar certo dessa vez. Já tenho meus fantasmas habituais para equilibrar o meu destino. E não é que eu não esteja mais procurando o que eu procurava, mas agora estou calma. Subitamente, meu desespero se dissipou. Minha ansiedade. Minha ânsia de mutilação. Talvez já seja hora de recuperar minha autoestima. Ser um pouco mais leve. Como borboletas que se camuflam entre as flores... E se perdem ao vento.
    Serei livre...

Nenhum comentário:

Postar um comentário