Não é mais sobre verdades ou mentiras. Sobre o lado falso, ou o lado da realidade. Se tornou mais importante manter o equilíbrio entre o lado bom, e o lado ruim. E não é difícil definir o que é o quê. De um lado está a tristeza, o suicídio e o sangue. Do outro está a paz, a arte e o amor. E o sexo transita entre os dois. E às vezes some de vista. Gosto de me manter nessa linha tênue entre a verdade e a mentira. E dizem os sábios, que assim não nos tornamos tolos. Porque se estamos tão certos de qualquer verdade, somos limitados, somos burros. O conhecimento pode vir, porém meu filtro ainda estará lá. Eu aprendi.
Quero dançar ou rastejar pela minha massa encefálica, como se não houvesse amanhã. Ou como se o amanhã fosse só meu. Quero me permitir na minha mente, tudo. Para que eu seja um pouco mais ciente do que eu quero mesmo viver. Quero a liberdade de uma Papillon, nem que seja só na metáfora.
Ativar palavras-chave como desvencilhar, para que eu possa novamente buscar minha deliciosa autossuficiência. E lamber o papel limpo, em busca de alguma reação química que me traga a adrenalina da qual preciso para manter o equilíbrio. O equilibrista não para na corda bamba.
Um pouco de esperança no futuro descrente. E um pouco lamber o fundo da bacia com massa de bolo da mamãe. Tem um gosto quase enjoado de passado. E especialmente, esquecer o cérebro num canto da praia de vez em quando. Ou quem sabe fugir do plano. A fé na lógica é excepcional.
Algo como matematizar um sentimento. O paradoxo é exatamente o equilíbrio.
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