Um sábado cheio e uma melancolia ensolarada. Um sexo vazio, uma criança morta, e uma sede insaciável de esperança. Entorpecida. Uma melodia estranha, um caminho fácil para um outro mundo.
Aquela velha história de querer o que não pode ser da gente.
Querer um pouco mais do pôr-do-sol.
Da vida, da prata. Da mata.
Querer viver um pouco mais que as borboletas.
Pousar na sombra verde da companhia solitária.
Perder-se dentro de si.
Um dia de não saber o que fazer depois da felicidade torta.
Amortecer. Alienar.
Uma pausa no mundo para procurar a verdade que não existe.
Se somos felizes, ou tristes.
Se existir é mesmo essencial.
Dançar no sol e rir da cara do passado.
Debochar do futuro.
Fingir, mentir, sorrir.
Um otimismo tolo em meio ao caos inerte.
A própria tristeza se diverte.
A morte se derrete. Por alguns instantes.
Enquanto só. Só por enquanto.
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