Tentei outras bocas, mas nenhuma tinha o gosto da sua alma, que eu sugava embriagada e caprichosamente. Frustrante foi notar que ao ler tão sabiamente o meu olhar, você não pôde compreender minhas poesias. Que admito, muito a contragosto, ultrapassaram meus limites.
Tentei de toda forma me refugiar dos gritos secos que me surgem ao te encontrar. Tentei me abster de suas carícias, de suas palavras, da sua voz. Mas se por acaso eu fosse à lua, lá você estaria, pronto para me atormentar com meu amor.
Tentei me entregar, tentei me destruir, tentei me libertar. Mas você insiste nesse meio termo. Você é o muro de concreto, o fim cinza do crepúsculo. Você é o meu dilema interminável.
Meu suplício é te adorar, te odiar e abominar.
Você é um câncer plantado em mim.
Me resta vegetar, porque não tenho mais certeza de nada quando se trata de você.
Partir ou ficar, fugir ou perseguir. Minha dúvida maldita.
Me desespero.
Me canso.
Estou exausta de você.
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