Escrevo. Não com reverência ou responsabilidade. Não por reconhecimento, e não por admiração. Escrevo às vezes, por puro narcisismo. Escrevo para me surpreender com quem eu sou, e também para me expor a todo o resto. Escrevo sem nenhuma aspiração. Escrevo sem nenhum momento para tal atividade. Escrevo parar tentar me lembrar de quem eu era em momentos em que não me aceito hoje. Escrevo ao tentar organizar meus modos em palavras, e me redimir dos erros que não vão ser perdoados.
Escrevia no início, por pura solidão. E dizem, que é assim que a maioria faz. Escrevo hoje mais predominantemente por puro hábito. Por não saber lidar com o conceito de morte, e não ter o desapego de meus momentos tolos, nem de meus pensamentos cheios. Escrevo porque preciso existir além de mim. E escrevo para o espelho, mais que tudo.
Escrevo. Preciso escrever. E não há relevância real para este fato.
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