Eu recito meus poemas,
Te escrevo versos
Escuto minhas vozes
E a água corrente
O som quase imperceptível
Do vento sobre a minha cama
Eu escuto a geladeira
E o zunido nos meus ouvidos
Lugares que eu nem sei identificar
Doem interminavelmente
Sinto falta da sua voz
Sinto falta da sua voz
Mas ela não me deixa escrever sobre você
Eu recito que você não vai ler isso
Você nunca leria
É o que diz o segundo ou terceiro verso
De qualquer poema que eu tento começar
Eu sinto medo de como me sinto contigo
Me desequilibra
Oxitocina é uma droga
Que me tira de mim
O melhor dos energéticos
Ela me supre de energia em uma parte sedenta
Raquítica
Uma parte de mim onde nada mora
Eu durmo sobre seus braços
Como devem ser quentes...
Eu me toco diariamente
Gostaria de não precisar fazer isso
Mas se eu não faço, meu corpo entra em pane
Ó deus, não sei o que fazer comigo
Eu quero pôr em arte,
Tentar
Mas ela não quer que eu escreva sobre você
Ela não me deixa
Alguém sopra em meu ouvido
Que amor é problema
Que o amor é falso
Mas eu amo me sentir bem
Eu quero correr o risco
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