sábado, 19 de setembro de 2015

Amanhecer

O dia acaba de amanhecer.
Minha rua tem um cheiro maravilhoso,
Acho que choveu enquanto eu dormia.
Eu amo esse lugar.
Eu amo você.

Eu queria te trazer aqui,
Te arrastar por esses caminhos estranhos, bonitos,
Parar para te beijar a cada esquina
E rir ofegante de empolgação.
Eu queria te estender na minha cama,
Deixar a janela aberta para
Que o mundo nos pudesse ver.
Eu e tu, eu e tu.
E essa brisa de praia que me alcança
Queria que você sentisse.
E a suavidade dos meus dedos
Queria que você pudesse
Notar te percorrerem caminhos diversos
Queria te ressuscitar
Para o mundo lá fora
Através das minhas mãos pequenas.

Ah, Peter.
Tudo aqui é tão mais belo
Agora que eu te amo
Agora que o amor tem liberdade de ir e vir
Pra onde desejar

Ah, meu querido.
Queria que você pudesse
Encontrar meus olhos fascinados
E sei que você conheceria
Tudo que sou
Além do tudo que já sabe

Queria que me pudesse sentir
Viva, bem aí dentro de você
Em tua carne, sangue, cheiro,
Em tua busca fugaz por oxigênio,
Em teu estômago, bem ou mal satisfeito
Na fonte das palavras tuas
Que tanto amo.

Se me arrepia a pele
O frio ameno da manhã
Se tombam de cansaço
Os pés de muito andar
Se bate meu peito forte
E reivindica a própria existência

Eu penso que te amo.
Penso, porque de fato amo
E tudo ao meu redor
Tudo que posso, tudo que faço
Tudo que me esbarra nos sentidos
É igualmente um sinal de que vivo
E de que te amo

Vivo
Existo
Amo

Mas ainda queria você aqui.
Queria que pudesse se ver em mim
Na minha felicidade, paz
Na minha vontade de viver

Nenhum comentário:

Postar um comentário