Meu coração é criança hiperativa,
que com soberano descaso,
sai derrubando os móveis no caminho.
Meu coração além de correr, escorre.
Intoxicando tudo que percorre.
Meu coração em árvore é teu ninho.
E tu, tu és a minha poesia de todas as manhãs,
Tu és o braço que me desatormenta no raiar da noite.
Tu és a razão que me força a desviar do açoite.
E eu, que tu decretaste: possuidora de nome e sobrenome.
Eu, que fui batizada com nome de legume, doce e alimento.
Eu, que entrego ao teu espírito um certo acalento.
Eu sou tua. Em nome de conto de fadas ou cartório.
Em qualquer batizado triste ou novo velório.
Em qualquer esquina, verso, texto, dia, hora ou desabamento.
Eu sou o teu e o meu intento de rogar felicidade mundo afora.
Eu sou aquela que te ama agora,
E que se põe disposta
A fazer o agora de hoje toda a eternidade.
Eu sou a prova de que tudo que os poetas disseram
Era verdade.
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