Sinto que amá-lo é parte da minha doença,
Que em toda desavença
Do universo comigo,
Ele é o lado bom de enlouquecer.
Ao mesmo tempo em que temo
Que ele descubra a verdade,
Temo desamá-lo tão facilmente
Que logo tenha vontade
De desaparecer completamente.
Se mais uma vez amo tanto
E repito tantos versos que já os sei de cor,
Se me escorre pela carne um novo excesso,
Tenho medo de esgotar o meu amor de uma vez só.
E será que o amor tem mesmo fim?
Sinto que tudo isso,
O exagero da fala,
Do pensamento e da reação nervosa,
É a distopia que me tem.
Realidade mutável,
Overdose de todas as coisas,
Paixão e ódio aditivados,
Digo que o amo mais que cinco vezes ao dia.
Peter,
Se eu não te amar amanhã,
Você me perdoa?
Se eu precisar ir embora,
Você se cuida?
Se eu te disser que é possível,
Que eu não me confio,
Você fica apesar de tudo?
Se eu te dissesse
Que eu sei que vou embora
Você ainda me amaria
Até que eu fosse?
Você faria de tudo
Para me fazer mudar de ideia
E ficar contigo pra sempre?
Se eu te dissesse
Que não acredito em sempre
Você enfeitaria o meu agora?
Te amo hoje
Tenho medo de tudo
Sou insana
Te quero aqui comigo
Você fica?
Fica e me ama?
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