sábado, 10 de agosto de 2013

Compreensão dos fatos.

   Não consigo não pensar em você. Você é a minha redenção. É o meu orgasmo, a minha morte, e a minha liberdade. Você tem potencial porque eu não te conheço. E assim posso manter a imagem de assassino que criei em cima do que você mentiu pra mim. Você está tão longe que sua frieza me excita. E ainda insiste em vir me ver duas vezes ao ano, para me lembrar de que me tem. Você cumpre o seu papel insuportavelmente bem. Sou uma escrava bem treinada, mas sempre tento fugir. E não consigo. Porque tenho esperança de que você seja humano.Esqueço-me de que o ser humano não é como diz ser. É da nossa natureza fraca e desprezível deixar e retornar. É da nossa natureza promover a dúvida, e a loucura. Porque a sanidade nunca nos faz bem. Dois seres humanos numa relação sempre oscilarão entre o fraco e o forte. Meu masoquismo me força a ser a fraca. Preciso ser forte se quiser ser maltratada. Mentiras. Mentir é da natureza feminina. Submeter a nós, mulheres, é da natureza masculina. O instinto humano é fascinante. Somos todos animais.

2 comentários:

PAULO TAMBURRO. disse...

Esta é a magia da transcendência, exatamente aquela que, extrapola o físico e embrenha-se no etéreo das utopias.

Verdade!

Mas quer saber?

Sou humano,sou homem,sou animal

Talvez, e também por esta razão, prefira o contato.

Sou humano,sou homem,sou animal.

E com certeza sou visual.

Maldito defeito ou bendita prerrogativa?

Um abração carioca, Débora.

Alice disse...

Devo confessar que também prefiro o contato físico. Infelizmente, é extremamente mais fácil encontrar seres compatíveis comigo virtualmente. E sim, também sou muito visual. Mas talvez eu prefira o tato em lugar da visão.
O grande problema é que eu sou tão instigada pelo contato físico, que tendo ao exagero. E a partir desse exagero, surge a overdose. E a overdose provoca aversão. Portanto, às vezes é mais seguro, e mais eficiente evitar o contato. E me excita do mesmo jeito. Bom, talvez não do mesmo jeito, mas ainda é bom.
Só às vezes, as palavras são suficientes. E como eu gosto das palavras.

Muitos defeitos são também qualidades. Hei de degustar o todo.

Outro abraço caloroso, até.

Postar um comentário