Você sabe que eu preciso de sexo pra sobreviver. De sexo e de mimo. Você sabe que eu preciso de atenção e de carinho. E de comida. Eu preciso de muita comida. E quem sabe uma pitada de exercício bem discreta, só pra não morrer. Ah, você sabe que eu preciso que tu faça minhas vontades. Que me diga sempre sim, e só me diga não quando eu pedir pra não ser mais feliz. Você sabe que eu preciso de capricho, e que tudo seja um pouco triste, só de vez em quando. E que eu vou te machucar quando me der na telha só pra jogar na sua cara que eu sou mesmo má.
Você sabe que eu vou me fazer de vítima, enquanto eu não me fizer de puta. E que no final, quem vai sentir culpa e pena vai ser você, enquanto eu digo que me sinto muito mal. E ainda vou alegar que é tudo sinceridade, e pureza. Não é. Eu sou um monstrinho, amor. Mas dessa vez não tô dizendo porque quero que você me tenha pena; compaixão. Até porque não espero que você me leia agora. Não espero que você me leia nunca. Só tô dizendo porque tenho raiva de você. E porque eu quero mesmo ser assim tão egoísta, egocêntrica e arrogante. Dessas palavras que tem o G forte. Que soa como um vomito sobre os pés de alguém.
Te odeio toda vez que você me diz pra ficar longe. Me odeio toda vez que você ameaça chorar. Te odeio toda vez que você para pra pensar em você mesmo. Te amo quando você resolve me comer. De várias formas, mesmo. Eu só gosto de você quando você faz o que eu quero. Quero só seu corpo. E não me leia, que eu tenho esse direito de dizer a merda que eu quiser. Você vai brigar comigo de qualquer jeito, mesmo. Eu sou toda, toda errada. Minha vagina é toda errada. Minha bunda que você gostava de deixar roxa é toda errada também. E você adora. E se odeia por adorar. E aí vem brigar comigo. Para tentar ter mais confiança em mim. Admita que eu sou traiçoeira e vá. Mas me deixe ser feliz. Eu preciso matar alguém.
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