Sabe, amor? Eu estava lendo. Depois eu estava tomando banho, e depois estava apenas respirando. E não importa o que eu faça, tudo me remete você.
Na verdade eu sou doente. E sou assim desde sempre. Dependente, carente, desesperada. Eu era assim os 7 anos de idade. Eu era assim aos catorze, quando eu te conheci. E eu sou assim hoje, prestes a completar 18.
E essa é a verdadeira razão disso tudo. Não tem conserto, não tem salvação. Eu sou assim, eu nasci errada.
E você me deu aquele deslumbre de felicidade.
Eu sou uma pessoa que nasceu para ser infeliz. Você escolheu a pior pessoa, no pior momento para ser sua amiga. Será que eu já te fiz algum bem?
A verdade é que toda a minha obsessão surge de um sentimento construído em anos. O tempo me fez alimentar isso tudo por puro desespero. E eu explodi de satisfação ao te encontrar. E desde então eu venho me afogando nesse sentimento que acabou no momento em que eu saí daquele avião.
Depois de pisar no chão, tudo voltou a ser tristeza. E a tristeza é mais triste depois que a gente foi feliz.
Esse meu desespero com a sua morte é uma enorme farsa. Porque o amor de fato, não existe. Existe apenas uma expectativa culturalmente construída.
E eu não sei lidar bem com todas essas mentiras do mundo real.
Porque eu sou doente. E se eu disser que te amo, é possível que nem mesmo eu acredite nisso. Como não acredito que você me ama. E a vida simplesmente não faz sentido.
Mas se eu disser que te sofro, é verdade. Porque eu realmente entendo de sofrer. Nasci pra isso.
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