Você é vento.
Que me assopra forte
Eu, árvore.
Em todo meu tamanho vou quebrando em galhos.
Perco minhas folhas.
Sementes.
Tudo.
E você, vento.
Não posso tocá-lo.
Mas você me toca quando quer.
E me atravessa sempre.
Sempre forte.
Impetuoso, irredutível.
E pertencente, como se me mergulhasse.
Em ar, em terra.
Como se entrasse em minha alma.
E por lá deixasse os restos.
Os seus pedaços invisíveis prenderam em mim.
E você nem percebeu.
Foi vento, voou.
E eu continuei aqui.
Presa.
Dura.
Árvore.
Viva.
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