Hoje eu quero que a lua se vá, diluída nessas gotas que me chovem. Quero que a noite amanheça, e que o laranja refletido desapareça em meio à luz original. Mas não sei brilhar.
Há uma mágoa suja em tudo isso. E não entendo. Não entendo ser nada do que sou. Porque os externos não parecem agir assim.
Há uma companhia azul em meu caminho. E isso é bom. Como ignorasse o céu e sua teimosia em ser dias e noites, vejo um azul em terra. E toda a calma, e todo o socorro da vida se estabelecem em um corpo feito de carne.
Que o dia chegue e eu possa te esquecer rapidamente. E que eu não me sinta triste. Porque também não posso sentir amor.
Talvez haja alguns doces depois do fim do túnel. E o algodão em baixo de mim há de me ajudar a chegar lá.
Tudo bem se a lua se camuflar por um tempo.
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