Às vezes, tenho a impressão
De que todas as conexões que faço
Com pessoas diversas
São mais momentos que de fato encontros.
Não posso repeti-los,
Tocá-los, ou sequer lembrar-me bem
Dos sentimentos que vivo.
Uma eterna espera por alimento,
Morta-viva, sub-humana.
Eu estou exausta e me arrasto pela casa.
Nauseada com meus feitos, me estiro na cama.
E entre todas as pessoas, mesmo Peter,
Eu não deveria sentir falta dele. Nunca.
Coleciono razões,
Como se me fossem necessárias.
Sinto uma saudade imensa
De um abraço molhado de 90 segundos.
Se o meu natal valeu a pena só por isso,
Quem será que eu sou?
O que faço aqui, afinal?
Notifiquei, confessei
Que é por isso que vivo.
Sou boa em dizer coisas,
Mas não em me por na vitrine.
Doi ficar exposta
Aos que não me sabem cuidar.
Um pano quente
Pra cobrir o inverno da alma
E fazer derreter um pouco
Essa nevasca.
Um breve tempo
Pra esquecer de todo o resto
E lembrar que ainda dá tempo
De ser amada.
Deve ser por aí, não sei.
Esperança, esperança e lágrimas.
Uma noite mal dormida, ansiedade,
Um pouco de remorso e leve aflição.
Não importa, vou continuar tentando,
Chorando todos os dias, fiel a mim,
Me arrastando o asfalto do olhar alheio.
Tentando um pouco mais disso,
Um pouco mais daquelas cobertas
Forradas no chão descuidadamente.
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