Eu só queria ficar quietinha e desaparecer do mundo.
Mas deitar a minha alma só sobre o lençol me devora todo dia.
É como se eu estivesse entregue às traças.
Como se nem me doesse o processo de decomposição.
Eu estou descosturando a esperança. Mas ela ainda existe.
Existe como a água evaporada que eu não vejo no céu pela manhã.
E o teto insuportavelmente azul.
E eu no centro, ardendo.
Ardendo tudo ao meu redor.
Secando todo o amor que existe em terra, e em casa cansada alimentando minhas lagartas.
Alimentando o que me mantem aqui. E pensando em você enquanto tropeço nos meus sapatos jogados no caminho.
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