Deixe que morra o braço
E também as letras
Deixe que morra o traço
Das linhas pretas
E que morra o pedaço
Mas também o todo
Deixe que morra o cansaço
Que também é lodo
Deixa que me afete a face
A tua partida
Deixa que me tire a classe
Esta ferida
Deixa que me rasgue a pele
No lugar da seda
Deixa que aqui se revele
A minha essência azeda
Deixa, que desfaz o berro
O dia-a-dia
Deixa, que não mais espero
A tua crença fria
Deixa, que eu não mais peço
A tua permissão
Deixa, que hoje eu me despeço
E vou em vão
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