Me corto.
Parece arranhão.
Lâmina desamolada.
Arranhão de gato.
Arde.
Começa o próximo dia 1.
Me pego pensando de novo
Na morte.
Devo me matar no dia 7.
Ou não.
Tenho vontade de dizer que te amo
Nas horas mais absurdas.
Você some,
Eu me preocupo.
Eu quero sumir também.
Não por vingança ou orgulho.
Não pra chamar atenção.
Porque eu me canso
De tanto falar com todo mundo.
Parece que não,
Pela minha compulsividade.
Mas às vezes eu só quero ficar só.
Preciso.
E me cortar com lâminas que realmente cortem.
E não ter medo do que vão pensar ou sentir.
Preciso me conhecer
E ser.
Sozinha.
Me agarro na coberta.
Precisamos de coisas parecidas.
Minha pele está toda colorida.
Não tirei a tinta.
Nem o sangue.
Já não sei o que te dizer a respeito.
Preciso ser áspera
E profunda
E vadia.
Preciso ser uma vadia masoquista.
Pra fazer sentido.
Liberdade,
Eu recitava .
Não era de amor que eu estava sempre falando.
Eu só preciso sentir.
Eu preciso sentir tudo.
Começando por você
Me rasgando os versos
Estúpidos.
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