Atento as orelhas.
Será a campainha?
Ou apenas passos de
Seres do outro lado?
Você não está.
Quandos copos já foram?
Quantas vezes ela já gozou contigo?
Você já decidiu
O que fazer com a sua vida
Ou vai continuar
Nessa imundice?
Praguejo os dois.
É claro que sim.
Preciso odiar
Para limpar
Toda a mágoa de
Dentro de mim.
Quarenta socos em
Quatro travesseiros
Amarrados no meu
Guarda-roupa
Imenso e resistente.
Um punhado grande
De dores musculares.
Tão bom sentir dor
Nessas horas.
Tão bom poder
Cantar o meu escárnio.
Eu olho de novo e de novo.
Verifico qualquer update.
Preciso estar informada.
- Para quê?
Não faço ideia.
Apenas preciso.
Pra manter a calma.
Os dedos compulsivos
Insistem em traçar
Os mesmos caminhos.
Chega de proibições.
Liberdade, liberdade, liberdade.
Desprezo pelas tuas coisas.
Animal em queda
Ataca o chão a todo custo
Quando chega.
Há coisas aqui
Sobre a vida
Que ninguém se deu ao trabalho
De resolver.
Não sei onde cabem as coisas.
Não sei.
Não sei
As opções de recheio
Que eu posso usar.
Cada dia
É uma nova diferença sobre tudo.
Abençoada seja
A partida da noite
E a chegada do dia.
Mesmo que tão vazia a existência.
Mesmo que tão traída como pessoa,
Como amiga,
Como um pet domesticado
Para ser deixado em casa por dois meses.
Só.
Nem tudo começa
Com a mesma letra.
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