Explode a bola de chiclete
no céu da boca
Mentalizando o estouro
Da arma apontada pra cabeça
E a consistência dos miolos
Espalhados pelo chão
Escreve a frieza do outro
Na quentura da própria pele
Aguardando alguma
Resposta à prece
Algum sinal inconclusivo
De redenção
Se agarra a paredes,
Muros, portões,
Qualquer coisa que a proteja
Da queda
Mas é inevitável que
O concreto a toque
É imprescindível
Que as contradições reinem
Por período incerto
Há necessidade tanto dessa
Permissividade exaustiva
Quanto desse estúpido
Isolamento afetivo
Paciência é a chave-mestra
De todas as coisas
Paciência.
É preciso muito amor próprio
Para sustentar a responsabilidade
De escolhas autônomas
É preciso muita fé
Para manter alguma coisa em foco
E permanecer em dia
Com a própria consciência.
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