Pensam que não me importo
Talvez nem pensem
Perdidos na batida
E na noite
Que nunca mais termina
Pensam que não noto
Mas meus olhos são secos, sóbrios
Eles me controlam,
Não o contrário
Eu percebo tudo.
Não me desentenda,
Não falo de nomes ou cores
Dados práticos, vida cotidiana,
Sei do ar que respira
Se respira
Da água que não bebeu
Se doi no estômago
E sei porque quero saber
Porque meus olhos procuram
Sei, porque engulo isto
E a dor me contamina
Um vírus, alienígena,
Vitamina
Me importo e noto
E quero
Te fazer o bem
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