Sinto um prazer quase sádico,
Dentre os sentimentos ruins que tu me traz.
Talvez eu tenha em mim
Esse clássico ferrão do escorpião
Essa compulsão por ser vingada
Mas não é disso que costumo me alimentar
Eu vivo de crenças e reflexões internas
E quando não, de outras bobagens
Com as quais poucos se importam
Mas a verdade
É que quando me doi a carne acesa
Em fogo forte,
Tendo sempre um espectador
Bem posto à minha frente,
Eu tendo a exigir justiça
Nem sempre através da dor alheia
O desequilíbrio entre dois polos
Nunca é certo
O que segue, se doi
Precisa ser compreendido
Precisa ser aceito
Pra se recompor
Para seguir em frente
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