Acho que eu nunca vou dormir
Sinto meus ídolos por dentro de mim
Como se fosse tudo verdade
Misturo o que é real e a fantasia
E me queima as veias
Eu poderia ficar aqui por mais três dias
Absorvendo coisas
Existindo na melodia alheia
E eu poderia
Te escrever poemas
Fazer valer a pena a tua estadia
Porque toda vez que acordo
Busco inspiração
Pra ser aquilo que também existe
No teu universo
Talvez sejamos loucos, talvez não
É isso que espero
Todo dia encontro um novo desatar
Um entretenimento falso
Que me valha a noite
Eu sei que compreendes
O escorrer do sangue
Se não o fizesse não te amaria
É por isso, por isso que te amo
Porque me entendes em poesia
Porque quando canto sem notas
Para tu já faz sentido desde o verso
Porque mesmo quando não me amas,
Me amas
Quando já não há lógica
E quando a existência se contradiz
Porque os teus anseios tocam os meus
E mesmo que o nosso destino
Não nos trace juntos
Sei que me percebes
Em toda a vadiagem sacra
De alguém que brinca de deus
Mas quer ser sempre o centro do universo
Quando o homem, a protagonista
E quando escrevo, dona da minha própria história
Essa arrogância de sempre dos fracos
Quero existir sempre que me for possível
Mesmo que para isso me ponha aos pés da morte
Não hoje, não agora
Talvez semana que vem
Hoje te amo,
Além de todas as coisas, faz sentido
E ainda que não queimes comigo
Ainda que não nos afoguemos no mesmo mar
Te amo, hoje
Porque me leste de dentro pra fora
E recitaste as melodias
Que não cantei a ninguém
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