Até a brisa
Que me esbarra a face
Alheia
Aos pesares rasos
Que me afundam
É evento
No meu cotidiano
Como desafinasse
A previsibilidade
Do entorno
Ela me arranha os nervos
Tal qual lambesse por dentro
Me arrancando as carnes
Fatiando a minha sanidade aos poucos
Quando fecho meus olhos
Exposta ao caos agorafóbico
Dos caminhos gradeados
É só mais uma morte
Como a dos trilhos eletrificados
Ou dos estilhaçados farois dos carros
É só mais uma morte
Me repartindo por dentro
Tornando toda dádiva um sacrifício
Fazendo todo amor insuportável
Nenhum comentário:
Postar um comentário