Era uma vez uma borboleta. Como seu instinto mandava, ela colocou seus ovinhos numa folha de couve, no quintal de um avô de uma menininha de 18 anos.
Era uma vez uma menininha. Que tinha síndrome de Peter Pan e umas esperanças estraçalhadas lá no fundo. Ela deciciu levar a folha de couve com os ovinhos para casa.
Era uma vez lagartinhas, que eclodiram dos ovos alguns dias depois. Elas cresceram, comeram, cresceram, fizeram suas necessidades, comeram... Duas delas fizeram casulos.
Era uma vez cinquenta e dois cadáveres de futuras borboletas num potinho sufocante e transparente. Como a sala de aula.
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