Foi como naquela vez
Em que a carne exposta
Me levou a sentir tudo de novo.
E ardeu o gesto,
Ardeu a fala.
Foi, como sempre é
Quando sou fraca,
Quando tenho tanto medo
Que me afogo mais e mais
Na crença estúpida.
Você se fez teatro na minha frente.
Carnaval ou halloween,
Tanto faz.
É tudo fantasia,
E eu sabia,
Eu sempre sei do que
Está pra acontecer.
Eu quebro minhas frases
No meio.
Eu esqueço de rimar o verso.
Eu espero que tudo se resolva,
Quando não há solução plausível.
O ser humano não é solucionável.
Você me pinta
E pinta outra,
E é fato:
Eu nunca esperei
Que não o fizesse.
Era esse o pacto.
Na época,
Não tinha sangue.
Nem promessas, nem vozes,
Nem tentativas.
Mas todo mundo sabia
O que que era.
O que éramos nós.
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