Seis e seis da manhã. Eu ainda acordada, devido a um processo acelerado de sobriedade-alteração-ressaca. Com direito a enxaquecas e náuseas. Estou agora fisicamente bem. Cansada. Pensando em você, lendo nossos textos antigos. Ignorando pateticamente a dor nos meus novos hematomas. Como ignoro a dor dos meus cortes. Eu ignoro todas as dores que eu consigo ignorar. Ignoro você. Choveu quando eu voltei e eu não chorei. Eu não chorei quando voltei pra cá. Eu não sei mais chorar. Ainda acho que você não consegue ser menos doloroso que nada. Essa dor que eu tenho é só tua. Eu espero que em outra pessoa eu encontre mais felicidade que tragédia. Mas eu amava você. E eu ainda me importo, eu acho. Só não posso te amar. Não, não posso. Mas, às vezes... Bom, não importa. São seis e dezesseis da manhã e eu preciso dormir. Porque a vida segue, e eu continuo tentando existir em algum lugar. Mesmo que longe de você.
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