domingo, 31 de maio de 2015

Such a sad face

Teu nome se escreve sozinho
Em cima das coisas
Que não te pertencem.
Versos antigos,
Melodias tortas,
Caminhos, plantas,
Precicios,
Papeis sujos de rabiscos,
Meus pés doloridos
De tão pesados os passos.
Teu nome se escreve
Nas latas vermelhas,
Na minha pele,
Na chamada, na história.
Em lugares improváveis
Você está.
Sem aviso prévio
Ou justificativa plausível.
Sem socorro, sem saída,
Sem futuro.
Teu nome só pretende me sujar.

Sei que não escuta
Quando te sussurro pro vento.
Confesso que ainda não aceito
Tua partida.
Percebo que ainda te amo
Quando me falam sobre umas coisas tais
Que sempre acabam te envolvendo
Na minha possibilidade.

Sempre existe perdão
Em todas as coisas já ditas ou feitas,
Mas eu vou insistir que não há.

O que me machuca é que você não me aceita.
O que me entristece é que você a prefere.
O que me confunde é que você me quer.
O que me mata é que você se fere.
O que me irrita é que você mente
Até pra si mesmo, então imagine pra mim.

Há tantas outras coisas que precisam me explicar
Por que a tua ausência é correta.
São só quatro dias. Quatro dias é tão pouco.
São tantos castelos de cartas
Construídos milimetricamente
Só para te esperar aparecer e dar um sopro.

Preciso ir e não sentir a tua falta,
Mesmo que seja o meu motivo tão inconsistente.
Deus e o Diabo,
Suicídio, namorada.
É tudo tão simples quanto banal
Perto da minha vontade.
Eu preciso ir,
Mas queria que você me chamasse
E me pedisse pra ficar.

Você nem se importa com nada disso,
Eu entendo.
Você precisa de paz
And so do I.
Você não vai ler esse texto.
Eu preciso ir.
Eu preciso.



Sinto sua falta.
Que triste.
Não posso querer você.

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