domingo, 25 de janeiro de 2015

Amanhecer, claridade

Eu escrevo dois textos
Todos os dias:
Um para te amar
E outro para desamar um tanto.

Devo te odiar agora
Para amar amanhã
Ou devo doer meus olhos
Com o brilho intrometido da lua?

O sol me maltrata, frio.
Eu vou embora, e doi.
Vou sem nome, sem companhia
E sem fígado.

Mas te amo, ainda.
Irremediavelmente.
Apesar de toda terapia,
Que me obriga a aprisionar
Meu Peter Pan.

Eu não sei o que eu faço,
Nem quantas lágrimas sobraram
- dessa vez eu comecei cedo.
Mas sei que vou, e que estive aqui,
Me afogando em ti todos os dias.

(E por vezes tu era oxigênio em vez de água)

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