Da sua boca saem palavras estranhas.
Não conheço nada disso.
Não mais.
Do meu peito saem vozes em diferentes cores.
Não as conheço.
Nada mais.
Há uma canção francesa no fundo.
Uma noite amarela. E um calor já nem tão enorme.
Essa é a minha vida.
Vivo dentro de mim. Só.
Há quadros e canetas.
Há o espelho todos os dias para conversar comigo.
Tem que ser suficiente.
Há nicotina na bolsa, e álcool no armário.
Sou uma espécie de adulta que não deu certo.
Não como você.
Fala sério, você nem existe mais.
Ninguém existe além dos personagem que eu deformo.
Janeiro acabou.
Agora é a morte que eu preciso viver todos os dias.
Sem esperar nada do amanhã.
Nada mesmo. Ninguém.
A solidão perdeu o contorno e se tornou o ar.
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