Avalanche de inspiração,
Avalanche de solidão.
Tornado de dor, de amor,
Daquilo que a gente sente quando vai dormir
E não dorme.
Terremoto.
Desastre, catástrofe.
Escrever não me cura nada.
Escrever não me arranca muito
Além da falta de ar.
Não é tudo a mesma coisa?
O mesmo caos, a mesma contradição.
E nem assim eu me encontro.
Eu não encontro ninguém.
As esquinas onde eu deveria esbarrar
Com o amor da minha vida
Estão todas ocupadas.
"Desculpe o transtorno"
Obras em toda parte.
Me ensinam o conformismo,
Mas eu revolto (só por dentro).
Reclamo aqui, mas não lá
(talvez eu esteja aprendendo alguma coisa).
Faz tempo que eu não converso com borboletas,
Mas me chamaram de sol ontem de manhã.
Desenhamos como crianças no jardim de infância.
Não sei se há mesmo uma evolução aí.
As vontades tropeçam umas nas outras,
Se atrapalham.
E as visitas nunca entendem nada.
"Desculpe o transtorno,
Estamos tentando construir uma identidade melhor"
Mate as flores
E as músicas depressivas.
O que te aguarda é a folha de papel (digital).
Mas o ingrediente do bolo de aniversário
Ainda não foi revelado.
Os normais sabem de algo
Que ninguém nunca me contou.
Me puseram de castigo
Sentada olhando pra parede
Morrendo de sono e de tédio
Eu rabisquei num canto que ninguém viu
Mas ainda tô esperando a professora
me mandar voltar pra aula.
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