Me visitam as putas
E as bexigas de famílias em viagem
Caminhoneiros atrás de sua santa dose
E os casais que abandonaram sua garagem
Os corpos vão e vem,
Olham feio para a minha imundice
E para o meu abandono
Beira de estrada, por mim todos eles passam
Mas ficar, aqui só ficam os miseráveis
Não há nada de nobre num posto de gasolina,
Senão o sanduíche de linguiça
E a gordura escorre na minha mesa
E o cheiro do combustível inebria os meus visitantes
Todos partem de um lugar para outro
Eu permaneço aqui, só mudo a cor da faixada.
Tu me visitas com um poema e partes
Antes que retorne, meu tanque chora,
Prestes a explodir todo o recinto
Tu vens de novo,
Só chegas no fim da noite
Pra se abastecer em mim
E ir embora
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