domingo, 15 de março de 2015

Poema de flor

Gira, gira, girassol.
Gira lá e gira dó.
Só não para de girar,
que assim a dor é menor.

Canta, canta em amarelo,
porque eu gosto de te ouvir.
Nunca importa a melodia
se isso te fizer sorrir.

Eu bagunço a tua gaveta
pois a minha eu já te dei.
Redamoinho só roda.
Não mente, porque eu já sei.

Roda, roda. Gira, gira.
Teu caos me põe pra dormir.
Da labirintite eu venho,
nunca mais saio daqui.

Girassol e Margarida.
De flor eu não tenho nada.
Te rego, semente. Sempre.
Faz tempo que estou plantada.

Terra seca com cimento
que nunca, nunca umidece.
Conta-gotas todo dia.
Você cresce, você cresce.

Sempre amo as tuas flores.
Abre uma, duas, três.
O que eu tenho é muito pouco.
Abro espaço pra vocês.

Vou ali, mas volto logo.
Brevemente eu me despeço.
Te prometo, volto sempre.
Termino com este verso.

(13/03/15)

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