quinta-feira, 19 de março de 2015

Pós-suicida

A minha nobre ignorância
Se faz a rainha dos mundos
Quando insisto nesse imundo passado
Mal saí de um luto e já busco outro
Amor, amor é morte
Amor é tudo aquilo que eu preciso
Suicídio está sempre no pacote
Sangue quente, adrenalina e overdose
Me prego na madeira de novo
Me declaro insistentemente ao meu algoz
E assim ele se faz
Eu nunca fui daquelas moças que não amam
Que fogem, não acreditam, mentem
Eu sempre fui sincera,
Até ver ele me matar
E o plano foi perfeito
A nossa epopéia linda
Mas agora há outras vidas que eu mereço
E dentro desta, há tu
Me recitando versos de morte
Enquanto me elogia
Ah, eu me mataria
Faria loucuras por você
Por quê?
Porque eu sou suicida,
Masoquista,
Apaixonada
É minha essência cometer enganos
Conscientes
Deito-me aos teus pés,
Mas dessa vez eu peço que não me mate
Da última vez eu pedia o oposto

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